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Simões de Assis apresenta individual inédita do artista mexicano Gabriel de la Mora

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Exibida na sede da galeria em São Paulo, a mostra reúne obras inéditas do artista, feitas com materiais inusuais como cascas de ovo, asas de borboleta e rocha obsidiana

Gabriel de la Mora – 8,387, 2023, 3.904 fragmentos de casca de ovo branco de galinha Bovans White A2 e 4.483 fragmentos de casca de ovo de galinha Araucana sobre madeira. Crédito: Estúdio Gabriel de la Mora

No dia 1° de novembro, a  Simões de Assis inaugura a exposição “Repetición Diferencia, individual do artista mexicano Gabriel de la Mora, em São Paulo. A mostra apresenta obras inéditas de séries realizadas com cascas de ovo, asas de borboleta, penas de pássaro, rocha obsidiana e enfeites reflexivos, materiais inusuais entre a produção contemporânea. Fragmentados e articulados em colagens pictóricas complexas, esses elementos se organizam em padrões geométricos e composições sofisticadas, sempre em formatos distintos desenhados pelo próprio artista.

No conjunto apresentado, Gabriel de la Mora propõe novas vidas e sentidos aos materiais que, em contextos cotidianos, teriam seu ciclo encerrado de outras formas. A escolha e o tratamento desses elementos revelam um interesse constante pela transformação da matéria, pelo tempo e pela memória. O título da exposição, “Repetición Diferencia”, sintetiza o caráter processual e meticuloso da prática do artista, em que a repetição nunca resulta em uniformidade, mas em variações e descobertas sutis. As duas palavras do título compartilham o mesmo número de letras, vogais e consoantes, criando uma simetria linguística que se mantém tanto em espanhol quanto em português, reforçando o diálogo entre as culturas mexicana e brasileira.

Com uma trajetória consolidada no cenário internacional, Gabriel de la Mora é reconhecido por sua capacidade de transformar o ordinário em objeto estético. Seu trabalho desafia as fronteiras entre pintura, escultura e instalação, combinando precisão técnica e intensidade poética. O artista se interessa por processos de reconstrução e reconfiguração de materiais, questionando a permanência, o desgaste e a noção de originalidade.

Paralelamente à mostra em São Paulo, de la Mora está em cartaz com duas importantes exposições individuais em museus. No Museu Jumex, na Cidade do México, apresenta “Gabriel de la Mora: La Petite Mort”, em cartaz até 8 de fevereiro de 2026, com curadoria de Tobias Ostrander. A exposição faz um levantamento temático de duas décadas de produção, explorando a transformação de materiais por meio de processos minuciosos e a tensão entre prazer, perda e memória. Dividida em seis núcleos, a mostra aborda temas como o corpo, o apagamento, o limite do desejo e o prazer do espectador. Após sua exibição no Jumex, a exposição seguirá para o Museu de Arte Contemporânea de Monterrey (MARCO).

No Brasil, o artista também apresenta “Veemente”, individual no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, com curadoria de Marcello Dantas. Em cartaz até 16 de novembro de 2025, a mostra reúne cerca de 70 obras, entre instalações, pinturas e esculturas produzidas entre 2000 e 2025. O conjunto reflete a amplitude e a evolução de sua pesquisa, marcada pela diversidade de materiais e pela transformação de objetos encontrados em obras de arte, em diálogo com o conceito de ready-made.

Gabriel de la Mora nasceu em 1968, na Cidade do México, onde vive e trabalha. Formado em arquitetura pela Universidad Anáhuac del Norte, estudou Belas Artes no Pratt Institute, em Nova York. Sua obra integra importantes coleções públicas e privadas, incluindo o Museu Jumex (Cidade do México), o Los Angeles County Museum of Art (LACMA), o Pérez Art Museum Miami (PAMM) e o Museum of Fine Arts Houston (MFAH). Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se as realizadas no Museo Amparo, no México; no Drawing Center, em Nova York; e no Museo de Arte de Zapopan (MAZ).

Sobre a Simões de Assis

Com mais de 40 anos de história, a Simões de Assis é uma das principais galerias da América Latina dedicadas à arte moderna e contemporânea. Inaugurada em Curitiba, Brasil, em 1984, é conduzida por duas gerações da família fundadora, operando em três sedes – São Paulo, Curitiba e Balneário Camboriú.

A galeria representa um grupo curado de 37 artistas e espólios, com foco especial na arte brasileira, mas também na arte latino-americana em diálogo com perspectivas globais. A Simões de Assis é profundamente comprometida com a internacionalização de seu programa, estabelecendo parcerias com importantes galerias, museus e curadores ao redor do mundo. Em estreita colaboração com colecionadores e instituições, busca posicionar seus artistas em importantes coleções públicas e privadas, por meio da participação regular nas feiras de arte mais relevantes – o que reflete sua visão estratégica e sua crescente atuação internacional.

Como pioneira na promoção de diálogos transgeracionais, a Simões de Assis trabalha com artistas consagrados e emergentes, construindo um programa que combina elementos históricos e uma visão voltada para o futuro. Como um projeto multigeracional, é uma plataforma de amplo alcance para intercâmbios culturais, moldando o legado da arte brasileira e latino-americana dentro de um sistema artístico globalizado e interconectado.

Serviço:
Repetición Diferencia”, individual inédita do artista mexicano Gabriel de la Mora
Abertura: 1º de novembro, sábado, das 11h às 15h
Período de visitação: de 1° de novembro a 20 de dezembro de 2025
Local: Galeria Simões de Assis | Alameda Lorena, nº 2050 – Jardins, São Paulo/SP
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 15h
Entrada gratuita

Site: www.simoesdeassis.com
Instagram: @simoesdeassis_
Facebook: fb.com/simoesdeassisgaleria

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Patrícia Marrese

Patrícia Marrese é formada em Relações Públicas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e certificada em Ballet Clássico. É mestre em Comunicação e Cultura pela Université Côte d’Azur, na França.