Em cartaz até 30 de novembro, exposição traz ao Brasil obra audiovisual que mistura mito, ficção científica e memória da diáspora africana

O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, exibe, até 30 de novembro, a exposição Mulika, do artista e cineasta congolês Maisha Maene. Reconhecida internacionalmente, a obra audiovisual homônima propõe uma viagem entre mito, ciência e ancestralidade, ao narrar a jornada de um afronauta que retorna ao leste do Congo em busca de reconexão com sua terra. A mostra marca a chegada do trabalho ao Brasil, em diálogo direto com o acervo do maior museu dedicado à arte e cultura afro-brasileira fora do continente africano.
Criada em 2022 e integrante do acervo da Associação Cultural Videobrasil, a obra já percorreu mostras internacionais e agora ganha nova dimensão ao ser apresentada no Museu Afro Brasil. No filme, um afronauta pousa na cratera de um vulcão e atravessa as ruas de Goma em silêncio. Sua presença deslocada, entre ficção científica e realidade, abre espaço para refletir sobre colonização, território, futuro da diáspora africana e identidade.
“Ao chegar ao Museu Afro Brasil, Mulika encontra ressonância em máscaras, esculturas e estandartes que também evocam presenças e cosmologias. Nesse diálogo, a obra reafirma que imaginar é um gesto de resistência e uma forma de projetar futuros” destacam as curadoras Ariana Nuala e Rosa Couto.
Sobre o artista: nascido na República Democrática do Congo, Maisha Maene transita entre cinema, mito e política, explorando espiritualidade, geologia e ficção científica. Sua produção reflete sobre o presente do Congo e projeta futuros possíveis para a diáspora africana. Mulika é um de seus trabalhos mais reconhecidos, já exibido em festivais e instituições internacionais, e chega agora ao público brasileiro.
A curadoria: a curadoria é assinada por Ariana Nuala e Rosa Couto, pesquisadoras e curadoras atuantes no campo das artes visuais e do audiovisual contemporâneo. Para esta mostra, a equipe de curadoria aproxima a obra de Maene do acervo do Museu Afro Brasil, valorizando conexões entre imagens, memórias e cosmologias africanas e afro-diaspóricas.
Serviço
Exposição temporária: Mulika
Artista: Maisha Maene
Curadoria: Ariana Nuala e Rosa Couto
Período: 30/08/2025 a 30/11/2025
Ingressos: R$15 (inteira), R$7,50 (meia e professores do ensino privado, aposentados, 60+, ID jovens, PCD e parceiros).
Tempo de duração: 14’
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 17h(permanência até 18h)
Local: Museu Afro Brasil Emanoel Araujo – Parque Ibirapuera, Portão 10, São Paulo – SP
Sobre o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do seu fundador, Emanoel Araujo (1940-2022), o museu é um espaço de história, memória e arte.- Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo conserva, em cerca de 12 mil m², um acervo museológico com mais de 8 mil obras, apresentando diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiro e abordando temas como religiosidade, arte e história, a partir das contribuições da população negra para a construção da sociedade brasileira e da cultura nacional. O museu exibe parte deste acervo na exposição de longa duração e realiza exposições temporárias.
Fonte: 4Fcom