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Cia. Oito Nova Dança celebra seus 25 anos de  criação com Tríptico LÁ | ESQUIVA | JURUÁ e  desdobramentos com os Guarani M’byá de 14 a 30  de março, ocupa espaços do TUSP – Teatro da USP  e do Centro Maria Antônia da USP  

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Mostra, que conta com espetáculos, rodas de conversa,  instalação audiovisual e atividades com os Guarani M’byá, é  inspirada na ideia de corpo ancestral, na cosmovisão indígena  e nos encontros com o povo Guarani, desembocando na  questão ambiental, através das águas do mundo


Cena do espetáculo LÁ , NOS CORPOS D’ÁGUA – Crédito: Matheus José Maria  

A Cia. Oito Nova Dança celebra o encontro com o povo indígena Guarani M’byá e  seus 25 anos de criação artística com a mostra Tríptico LÁ | ESQUIVA | JURUÁ,  que ocupa espaços do TUSP – Teatro da USP e do Centro Maria Antônia da USP,  entre os dias 14 e 30 de março. A programação é totalmente gratuita e conta com os  três espetáculos, rodas de conversa, instalação audiovisual, roda de xondaro e  apresentação do coral Guarani M’byá da Aldeia Kalipety – Parelheiros SP. 

A intervenção urbana ESQUIVA (2016), inspirada na cosmovisão dos Guarani M’byá,  busca refletir sobre a presença Guarani em nossas cidades a partir da dança  contemporânea e da música. O espetáculo está associado e fundamentado à atitude  de esquivar-se presente no Xondaro (rito de treinamento do guerreiro Guarani M’byá),  manifestação característica da cultura Guarani que se refere não só a dança e música,  mas também ao modo de ser Guarani.  

Já o espetáculo JURUÁ (2018) também é inspirado pela leveza e resistência dos  xondaro, guerreiros e guardiões Guarani, e de sua dança de enfrentamento e esquiva.  Mas neste trabalho o material é friccionado para gerar um espetáculo para palco. O  termo “juruá” refere-se a um dos modos como esse povo se refere aos não indígenas.  A relação entre a Cia. e o povo Guarani, que se estabelece pela diferença, é a  conexão que possibilita aprendizados e alianças.  

Em LÁ, NOS CORPOS D’ÁGUA (2024), a Cia Oito Nova Dança evoca a água como  elemento intermediador dos corpos: humano, vegetal, animal, geográfico… corpos do  mundo, abertos e expostos, ou encobertos e submersos na cidade… A performance  transita entre linguagens artísticas distintas, como dança, música, videoarte e  iluminação, e tem forte aproximação com a questão ambiental.  

Em todos os dias de apresentação, o público ainda assiste a uma instalação com a  projeção de material audiovisual com o trabalho de campo junto aos Guarani nas  aldeias e filmes e registros de desdobramentos artísticos da Cia. Oito Nova Dança a  partir da matéria poética e criativa abordada na mostra  

Outras atrações da mostra são as rodas de conversa “Esquiva Guarani”, com as  lideranças indígenas Jera Guarani e Karai Tiago e o antropólogo Lucas Keese;  “Indigenizar a cidade, dançar a cidade”, com o antropólogo Renato Sztutman e as  lideranças indígenas Emerson de Oliveira Guarani e Lilly Baniwa. ; “A cidade nas  lutas das aldeias e das quebradas”, com a antropóloga Valéria Macedo e as  lideranças indígenas Pará Reté Minduá Marilene Bolgarin, Pará Mirim Jaciara Martim,  Karai Djekupe e Jurandir Martim; e sobre o Processo Criativo do Tríptico LÁ |  ESQUIVA | JURUÁ.  

Esse projeto foi contemplado na 36ª Edição do Programa Municipal de Fomento à  Dança para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura e Economia  Criativa  

Sobre a Cia. Oito Nova Dança  

A Cia. Oito Nova Dança reúne uma geração de artistas que optou pela pesquisa  enquanto procedimento de criação e elaboração de seus produtos cênicos. Uma  geração que busca bases em uma práxis artística cênica nomeada “contemporânea”.  Nessa designação, o conceito de “corpo cênico” passa a apresentar como traço  principal, exigências muito próprias em seu modo de trabalhar as práticas e poéticas.  

Estes artistas caracterizam-se por unir a investigação artística e a pedagogia do  movimento com o aporte de técnicas somáticas. Princípios atrelados à ideia de “corpo  natural” aplicados na pesquisa de linguagem potencializam a autonomia criativa do  intérprete, possibilitando assim a inscrição de suas próprias autorias. As novas 

técnicas na dança cênica conduzem à procura de novas estéticas que atendam à  necessidade de criação e expressão contemporâneas.  

No repertório coreográfico da Cia. Oito Nova Dança a corporeidade tem sido motivada  por uma matriz poética recorrente – natureza/memória/preservação/transformação –  e os processos de criação da Cia. vem sendo elaborados nas interfaces entre dança,  música e artes visuais.  

Serviço  

Tríptico LÁ | ESQUIVA | JURUÁ  

Quando: 14 a 30 de março  

TUSP – Teatro da USP e Centro Maria Antônia da USP  

Rua Maria Antônia, 294 – Vila Buarque, São Paulo 

Quanto: Grátis, distribuição de ingressos na bilheteria uma hora antes 

Telefone: (11) 2648-5222 

Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade  reduzida  

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Patrícia Marrese

Patrícia Marrese é formada em Relações Públicas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e certificada em Ballet Clássico. É mestre em Comunicação e Cultura pela Université Côte d’Azur, na França.